Sindrome de li-fraumeni
1. INTRODUÇÃO
A síndrome de Li-Fraumeni (LFS) caracteriza-se por mutações na linhagem germinativa, principalmente no gene TP53 (1). Esse gene funciona como um guardião do genoma, evitando a proliferação de uma célula que tenha um dano genético (2). Essas alterações gênicas proporcionam uma alta taxa de tumores malignos na infância e em adultos jovens, sendo as conseqüências de suas alterações profundas. Embora a mutação hereditária no TP53 seja muito rara nos diferentes cânceres humanos, ela tem sido freqüentemente detectada na LFS (3). Evidências sugerem que a proteína p53 exerce uma regulação na progressão do ciclo celular, assim como no mecanismo de morte celular programada, em resposta à lesão do DNA (13).
As mutações do gene supressor de tumor TP53 em células germinativas tem sido demonstradas em 70% das famílias com diagnóstico clínico de LFS (4) . A mutação do TP53, que é a mais freqüente alteração genética detectada nos cânceres humanos, inativa as funções regulatórias de crescimento celular, causa a perda da atividade supressora de tumor e, em alguns casos, confere uma função promotora do tumor, com a ativação de genes envolvidos na proliferação celular, no aumento da sobrevida da célula e na angiogênese (5).
Clinicamente essa síndrome afeta crianças e adultos jovens caracterizando-se por um grande espectro de tumores, incluindo tumores de partes moles, sarcomas ósseos, tumores de cérebro, da adrenal e de mama pré-menopausa (6). O diagnóstico clínico se faz através de critérios que relacionam o número de neoplasias, a idade em que surgem, os tipos e a distribuição dentro da família (7).
A LFS é considerada uma desordem autossômica dominante negativa, padrão de herança característico de moléculas como a proteína p53. Esse padrão ilustra a complexidade genética que está por trás das mutações e justifica o crescimento das investigações no campo da patologia molecular.
A LFS está relacionada a uma alta taxa de