SINDROME DA ALETOFOBIA E A CULTURA DE REPRENSSÃO
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PUC-GOWELLEN SANTIAGO O iluminismo, movimento intelectual que surgiu no século XIII na Europa, defendia o uso da razão e se afirmava na verdade, a qual a ciência produziria. Seu discurso era que a ciência libertaria o ser humano da escura caverna em que a religião e a tradição o haviam colocado, revelando assim toda a verdade das coisas existentes. Nessa perspectiva, a promessa era de uma sociedade fundada na verdade. Entretanto, esta promessa não se cumpriu, mesmo sendo uma sociedade que se diz herdeira da “filosofia das luzes”. O fato é que o mundo mudou e essas mudanças foram base para a realidade da atual sociedade. Um dos acontecimentos mais significativos foi a destradicionalização da sociedade. A sociedade tradicional e escatológica, que se fundava na crença de ressurreição do Apóstolo Paulo, o qual pregava que a vida não se finda nesta vida e sua plenificação não acontece neste mundo. Essa sociedade teve seus fundamentos de ressurreição aniquilados e se tornou uma sociedade ateizante, a qual apresenta Deus em seus discurso, porém, o nega no seu estilo de vida, negando a renuncia deste mundo em favor de um mundo vindouro e não se dispondo para a resignação. Juntamente com essa nova ordem social, surge a ética do prazer, que tem como princípio a valorização do prazer e a erradicação do afeto, por este provocar enraizamento do indivíduo e dificultar o movimento. Zygmunt Bauman esclarece essa nova realidade com a metáfora “Turistas e vagabundos”, onde os turistas são as pessoas que buscam o prazer e repudia a monotomia. Uma condição para ser “turista” é “deixar a mochila vazia”, ou seja, o afeto é um problema que precisa ser erradicado. O filósofo também representa a sociedade do prazer e o declínio do cristianismo com a construção da “morte do ético”, no qual a verdade deixa de ser um valor e o certo e o errado não é mais fundamental e sim o prazer. Na destradicionalização das sociedades ocidentais, a secularização finca suas estacas com a