SINDICALISMO
1 Evolução do sindicalismo no Brasil
"Proletários de todo o mundo, uni-vos!". O Manifesto Comunista de Karl Marx e Friedrich Engels
Com o advento da Revolução Industrial, primeiramente na Inglaterra no século XVIII, e posteriormente para o resto do mundo a partir do século XIX, as relaçoes sociais, econômicas e as condições de vida dos trabalhadores no meio urbano alterou-se profundamente. A substituição do trabalho manual, as manufaturas por maquinas provocaram um intenso deslocamento do campo para as cidades. Gerando um excesso de oferta de Mao de obra e consequentemente desemprego.
Neste contexto as condições de trabalho eram extremamente precárias. Homens, mulheres e até mesmo crianças eram obrigados a trabalhar mais de doze horas por dia ganhando salários ínfimos. Os operários estavam sujeitos a acidentes de trabalho que ocorriam frequentemente sem direito a férias, seguro ou qualquer tipo de regulamentação do trabalho.
Assim diante desse quadro começaram a surgir os primeiros protestos por mudança nas jornadas de trabalho. Os movimentos socialistas ganharam forças. Conscientes das condições precárias de trabalho, em 1848 Karl Marx e Friedrich Engels publicaram O Manifesto Comunista, primeiro documento histórico a discutir os direitos do trabalhador.
Temendo adesões às causas socialistas, o chanceler alemão Otto von Bismarck impulsionou, em 1881, a criação de uma legislação social voltada para a segurança do trabalhador. Ele foi o primeiro a obrigar empresas a subscreverem apólices de seguros contra acidentes de trabalho, incapacidade, velhice e doenças, além de reconhecer sindicatos. A iniciativa abriu um precedente para a criação da responsabilidade social de Estado, que foi seguida por muitos países ao longo do século XX.
Por todo o mundo, a luta pelos direitos sociais começava a dar resultados. Constituição do México (1917), foi a primeira da História a prever a limitação da jornada de trabalho para oito horas, a regulamentação do