Similaridade e diversidade florística entre os biomas Cerrado e Mata Atlântica
Introdução
A diversidade biológica refere-se ao estudo das relações quantitativas entre riqueza e abundância de espécies dentro das comunidades (PINTO-COELHO, 2000). O surgimento da biodiversidade ocorreu quando ecólogos e conservacionistas se conscientizaram de que o desaparecimento das espécies estava acelerando em decorrência ao crescimento demográfico e a destruição de ambientes ricos em recursos biológicos (DAJOZ, 2005).
A biodiversidade tem grande importância para a manutenção dos ecossistemas, visto que torna-os mais vulneráveis a choques e perturbações, menos elásticos, e menos capazes de fornecer aos seres humanos os serviços necessários (SCDB, 2006). No entanto, segundo Ferreira et al. (2011), muitas regiões tropicais são limitadas quanto as estratégias de conservação da biodiversidade devido ao reduzido nível de conhecimento sobre a distribuição das espécies. Isto dificulta a escolha de espécies que definem as áreas a serem conservadas com maior prioridade.
A maioria dos estudos de biodiversidade foca a diversidade de espécies, que inclui a variedade e a abundância relativa de espécies (BARROS, 2007). Ela pode ser avaliada a partir de diferentes índices matemáticos e modelos de distribuições estatísticas (PINTO-COELHO, 2000). Algumas medidas permitem comparar diferentes comunidades em termos de diversidade e riqueza, outros descrevem o quanto as comunidades são distintas ou similares em termos de composição de espécies(BARROS, 2007).
Uma forma de medir a diversidade é através do índice de Shannon-Wiener, que é calculado pela equação:
H = -pi loge piOnde H é uma medida logarítmica da diversidade (RICKLEFS, 2003) e pi é a proporção da amostra contendo indivíduos da espécie (PINTO-COELHO, 2000).
Enquanto que, para medir a similaridade entre comunidades utiliza-se medidas de diversidade β, ou diversidade diferencial, que é a medida de como a variabilidade de espécies