Simbolismo
I – Introdução:
Início: 1893 (publicação de Missal – em prosa – e Broquéis – em verso –, de Cruz e Sousa).
Fim: 1922 (Semana de Arte Moderna).
O início do Simbolismo não coincide com o fim do Realismo. No final do século XIX, Realismo (1881 – 1922), Simbolismo (1893 – 1922) e Pré-Modernismo (1902 – 1922) foram tendências diversas que caminharam paralelamente.
II – Momento histórico:
O movimento simbolista no Brasil não foi típico; pelo contrário, foi a escola literária que mais se assemelhou às escolas europeias (“produto de importação”). Nasceu no sul do Brasil (região marginalizada pela elite cultural e política da época). O Sul foi a região que mais sofreu pela resistência à República vestida de militarismo.
a) Revolução Federalista (1893-1895) – disputa regional que se tornou revolução contra o governo de Floriano Peixoto;
b) Revolta da Armada (1893-1894) – imobilização dos navios da Marinha na baía da Guanabara, com os canhões apontados para o palácio do governo e a exigência da renúncia de Floriano.
c) Seguiu-se a isso um período de lutas na fronteira com o Uruguai.
Acredita-se que o sentimento de frustração, desânimo e angústia pelo fato de Floriano ter esmagado as revoluções gerou um clima propício para o surgimento do Simbolismo. III – Cruz e Sousa:
A) Biografia:
Nasceu em Desterro (atual Florianópolis) em 1861. Era negro (sem mescla) e filho de escravos.
A família ganhou a alforria pelo próprio senhor (marechal Guilherme Xavier de Sousa), quando da Guerra do Paraguai.
Seu nome, que era apenas João da Cruz, recebeu o acréscimo do sobrenome Sousa em homenagem ao marechal.
Com o sobrenome como proteção, ele estudou no Liceu Provincial Catarinense. Dirige um jornal abolicionista em 1882.
1883: saiu de sua terra natal por motivos de preconceito racial. Ingressou em uma companhia de teatro, servindo como ponto e secretário.
De volta a Santa Catarina, foi nomeado promotor público, mas