Simbolismo em Portugal
O Simbolismo português acontece de 1890 a 1910, ao da proclamação da República portuguesa e lançamento de diversas revistas de cunho nacionalista. Embora o Simbolismo português oficialmente termine em 1910, os críticos consideram que o Modernismo só começou naquele país em 1915, com o lançamento da Revista Orpheu, sob direção de Fernando Pessoa e Mário de
Sá-Carneiro.
Em Portugal, o Simbolismo coincide com os seguintes fatos históricos:
1. Crise da monarquia – A partir de 1870, surgiram diversos grupos socialistas e republicanos.
Surgiram, nesse período, as primeiras greves operárias.
2. Crise econômica – Uma grande crise assolou a Europa e, em Portugal, houve desvalorização da moeda e aumento da dívida pública.
3. Ultimato inglês – A partir de 1870, o Reino Unido iniciou um ousado plano de expansão, que incluía o domínio total da África. Ao mesmo tempo, Portugal tentava expandir seu território e dominar a faixa africana que iria de Angola a Moçambique. O Reino Unido enviou um ultimato a
Portugal determinando a retirada das tropas portuguesas do território africano. O governo português cedeu às pressões e abandonou os territórios.
Uma vez que estavam inseridos em um período histórico conturbado, a produção simbolista
Principais acontecimentos
1890: Oaristos, de Eugênio de Castro
- início do Simbolismo em Portugal.
1915: revista Orpheu - início do Modernismo em Portugal.
Principais Autores e Obras
- Eugênio de Castro(1869/1944) – nasceu em Coimbra, formado em letras, viveu algum tempo em Paris onde teve contato com o
Simbolismo francês.
- Obras: Cristalização da morte(1884)/ Horas tristes(1888), Oaristos(1890), Últimos versos(1938), entre outras. Escreveu ainda peças teatrais.
- Oaristos(1890): O seu livro é uma tomada de posição contra os lugares-comuns que caracterizavam a poesia portuguesa, as rimas habituais, o vocabulário pobre. E propõe uma «nova maneira». Não adopta os princípios filosóficos