Simbolismo em portugal
O otimismo da era das revoluções sai de cena, cedendo espaço a um olhar mais reflexivo e pessimista, propondo a analisar e atingir a alma humana através de textos que valorizassem as sensações.
O final do século XIX representou uma sociedade marcada por um sentimento de total inquietação proveniente das descobertas científicas tanto difundidas pela era do Realismo, que, como toda mudança, desencadeou um processo de indefinições quanto a valores e convicções inerentes ao ser humano.
Em consonância com esta problemática, destacava a enorme crise social desencadeada pela disputa econômica entre as grandes potências mundiais com o advento da Revolução Industrial, que obteve como fator resultante, as duas grandes guerras mundiais.
Diante disso, o ser humano constituia uma visão patética e dramática perante a sociedade que o cercava, sentindo-se impotente e enclausurado em meio a tantas tensões e contradições.
Refletindo, portanto, na literatura e nas artes de uma forma geral, que com uma força tamanha e brutal, os artistas retomaram o sentimentalismo subjetivo tanto cultuado pelos românticos, porém partindo para uma visão transcendental influenciada nas ideias de Sigmund Freud: a descoberta pelo “eu” nas camadas mais profundas que habita o ser: o inconsciente e o subconsciente.
Diante de uma visão extremamente pessimista do mundo, os simbolistas procuravam no mais profundo “eu” uma resposta para todas estas inquietações procurando solucionar todo este sentimento de angústia.
Esse movimento surgiu nas últimas décadas do século XIX com o objetivo de negar o materialismo que dominava o pensamento da época.
O otimismo da era das revoluções sai de cena, cedendo espaço a um olhar mais reflexivo e pessimista, propondo a analisar e atingir a alma humana através de textos que valorizassem as sensações.
O final do século XIX representou uma