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O problema do analfabetismo brasileiro Na última semana, a presidente Dilma Rousseff encaminhou ao Congresso Brasileiro, o plano Brasil Maior. No documento, constam as metas detalhadas do governo até 2015. Um ponto específico do plano repercutiu bastante na imprensa brasileira: o analfabetismo.
Atualmente, no Brasil, mais de 14 milhões de pessoas não conseguem ler nem escrever um bilhete simples. Segundo dados da Unesco, somos o 8º pior país no ranking de analfabetismo. Além dessas pessoas, consideradas analfabetas, há também aqueles classificados como analfabetos funcionais. Em geral, um analfabeto funcional lê e escreve frases simples, mas não é capaz de interpretar textos nem de colocar ideias no papel. O analfabetismo em nosso país reflete as condições de desigualdade social em que vivemos: a maioria daqueles que não sabem ler nem escrever são moradores da zona rural, negros e pardos.
Segundo pesquisas realizadas pelo Instituto Paulo Montenegro, em parceria com a ONG Ação Educativa, 75% dos brasileiros podem ser considerados analfabetos funcionais, o que equivale dizer que apenas um entre quatro brasileiros entre 15 e 64 anos pode ser considerado plenamente alfabetizado. A pesquisa mostra números bem diferentes do levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que atesta que apenas 25% dos brasileiros são considerados analfabetos funcionais. A diferença é atribuída ao fato de que segundo o IBGE, só podem ser considerados analfabetos funcionais aqueles que tem menos de quatro anos de estudos.
A proporção de pessoas que não sabe ler nem escrever no Brasil é mais elevada do que a média na América Latina e no Caribe. Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 98% das crianças entre 7 e 14 anos estão na escola. Entretanto, o grande problema se encontra nos altos índices de evasão escolar. O alto índice de brasileiros que lê e escreve mal também faz com que a nossa população leia pouco. Apenas 17 milhões