Shakespeare
Porque sua obra alterou o rumo da literatura mundial. Harold Bloom, famoso crítico americano e autor do livro Shakespeare: A Invenção do Humano, diz que o dramaturgo inglês entendia a alma humana como nenhum outro autor jamais entendeu.
A razão para isso podem ter sido as circunstâncias em que escreveu sua obra. No século 16, Shakespeare era muito popular e encenava suas peças para todo tipo de pessoas. Nobres, letrados, prostitutas, gatunos e artesãos lotavam os teatros em busca de diversão. Entreter esse público, nada ordeiro ou silencioso, não era tarefa fácil e o jeito que Shakespeare encontrou foi representar no palco personagens com quem todos ali pudessem se identificar. “Os grandes gênios são espelhos nos quais os leitores acabam encontrando a si próprios”, escreveu Bloom.
Shakespeare escreveu os maiores clássicos do teatro e criou uma galeria de personagens que fascinam a humanidade mesmo séculos após sua morte. “Todos os produtos culturais feitos depois de Shakespeare recorrem a tipos imaginados por ele”, diz Peter James Harris, professor de Literatura Inglesa da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp).
Como Bloom e Harris, a maior parte dos críticos literários da atualidade concordam que continuamos vivendo sob o impacto das obras do bardo inglês. Chamá-lo de gênio, portanto, é fazer-lhe justiça.
Tipos inesquecíveis
Quem são os personagens eternizados na obra de William Shakespeare
A peça: Romeu e Julieta
Trama: Filhos de famílias inimigas, Romeu e Julieta se apaixonam, mas são proibidos de viver o amor. Para não ter de casar com outro, Julieta decide seguir um plano que pode mudar sua sorte: ela fingiria o suicídio tomando um líquido que altera os sentidos. Romeu seria avisado e resgataria a jovem do túmulo. Os planos dão errado e os dois jovens escolhem a morte a viver separados de seu amor
A peça: Otelo
Trama: O mouro Otelo torna-se general e tem Iago como uma espécie de