sffn
substantivo feminino
1. Torrão, terra de labor.
2. Terreno ligado a um feudo.
Com a instauração da Cristandade medieval na Europa conheceu-se pela primeira vez na História, um continente inteiro sem a escravidão.
O servo da gleba era um servidor que não tinha o direito de sair do lugar onde trabalhava. Era ligado à gleba, não sendo, portanto, um homem livre em toda a força do termo.
Porém, apesar de não ser totalmente livre, desfrutava de muitos direitos. Inerente à sua própria condição, tinha o direito de permanecer na terra onde trabalhava, não podendo ser expulso dela pelo seu senhor.
Exercia também uma espécie de direito de propriedade sobre a casa onde morava e sobre uma parte das terras que cultivava.
Seu tempo era dividido entre o trabalho nas terras do senhor e em suas próprias terras, de cujos frutos ele vivia.
Algumas vezes beneficiava-se ainda de uma percentagem do que produzia nas terras do senhor. O seu contrato de trabalho era hereditário e intocável.
Tinha direito a constituir família e só podia ser castigado fisicamente em caso de comprovado mau comportamento.
Se o senhor vendia as terras que possuía, estas eram alienadas junto com o servo, que não podia ser mandado embora.
A servidão da gleba era um estado intermediário entre a escravidão e a liberdade.
Quando terminou a Idade Média quase não havia mais servos da gleba na Europa.
Na Idade Média, sob a influência da Igreja, constituiu-se uma classe dos homens livres, classe esta muito menos numerosa na Antiguidade, época histórica em que uma parcela considerável da população era constituída por escravos.
A expressão servo da gleba continuou em uso até a Revolução Francesa. Mas então os que se denominavam servos eram os descendentes dos antigos servos da gleba, sendo proprietários das terras que cultivavam, pagando aos nobres um pequeno imposto pelo fato de, outrora, tais terras terem pertencido à nobreza.
A origem histórica dos servos