Serviço social
A história do Serviço Social está ligada aos fatos históricos, não deve ser entendida como uma cronologia de fatos, mas na sua ligação com o contexto geral da sociedade isto é, a história dos processos econômicos das classes e das próprias ciências sociais.
Ao longo do tempo grupos ligados à filantropia, caridade, e solidariedade se tornou prática corriqueira, principalmente ligada às diversas expressões religiosas, constituindo-se como práticas de ajuda e de apoio aos “menos favorecidos” enquanto forma de caridade benemerência e filantropia.
Estas práticas que tinham como significado a “ajuda aos pobres”, naturalizou a pobreza, as desigualdades e as fragilidades da vida, conduzindo para um entendimento de que sempre haveria os mais frágeis, os doentes, os incapazes, enfim, aqueles que, por algum motivo, foram “marcados” e “condenados” a viverem desta forma, carecendo, assim de ajuda daqueles mais “afortunados” ou marcados pela sorte. Em outras palavras o homem é naturalmente dependente, pleno de necessidades e carecimentos (Sposati, 2003, p.40).
As práticas de caridade, da filantropia e da benesse, as ações constitutivas das diferentes expressões religiosas, tornam-se práticas de assistência aos desamparados enquanto intervenção estatal às expressões da questão social.
Ao longo do tempo, o estado assumiu a tarefa de “cuidar dos pobres”. A assistência social foi muitas vezes utilizada como meio de dominação e controle dos “pobres”.
Desta forma, as políticas de assistência social começaram a surgir enquanto mecanismos de controle das situações que eclodiam junto ao desenvolvimento da sociedade do