Serviço social
Para o desenvolvimento do livro, o autor estabelece uma intrínseca relação com o trabalho. Trata-se, segundo ele, de uma análise a partir das condições incertas de vários grupos presente na “sociedade salarial moderna”, à margem do trabalho e das fronteiras de coesão social.
Neste sentido o termo “questão social” – embora já existisse antes – é empregado nominalmente pela primeira vez em 1830, é descrito pelo autor, como sendo fundamental para a sociedade moderna, que após as revoluções industrial e francesa, “foi sucitado pela tomada de consciência das condições de existência das populações que são ao mesmo tempo, os agentes e as vítimas da revolução industrial”.(p.30).
E em seguida arremata:
O hiato entre a organização política e o sistema econômico permite assinalar, pela primeira vez com clareza, o lugar do “social”: desdobrar-se nesse entre-dois, restaurar ou estabelecer laços que não obedecem nem a uma lógica estritamente econômica nem a uma jurisdição estritamente política. “O social” consiste em sistemas de regulações não mercantis, instituídas para tentar preencher esse espaço. Em tal contexto, a questão social tornase a questão do lugar que as franjas mais dessocializadas dos trabalhadores podem ocupar na sociedade industrial. A resposta para ela será o conjunto dos dispositivos montados para promover sua integração (CASTEL, 2005, p. 31).
Na seqüência das análises, o autor adverte que apesar de vários grupos sociais, encontrarem às margens da sociedade,