Serviço social
“pessoa com deficiência” expressaria a desvantagem sem qualificá-la (Chagas, 2006). Chagas assinala os limites de algumas terminologias. O termo “pessoa portadora de deficiência” infere que a pessoa é portadora de deficiência transitória, isto é, que ela pode abandoná-la sempre que tiver vontade. Já o termo “pessoa com necessidade especial”, mesmo sendo uma tentativa política de suavizar a deficiência, é considerado um termo inadequado para se referir à população deficiente, afinal, todas as pessoas precisam de cuidados especiais em algum momento da vida (Chagas, 2006). Em relação a esse último termo pode-se citar o caso das mulheres grávidas que solicitam aos organizadores de concursos públicos “sala especial” ou “cadeiras especiais” para realização das provas (Diniz, 2007). Ainda sobre a terminologia, Debora Diniz ressalta o posicionamento dos primeiros estudiosos do modelo social da deficiência que consideram que a linguagem utilizada “...estava carregada de violência e de eufemismo discriminatório...” (Diniz, 2007). Em outras palavras, pode-se
deficiência
portadores especiais
necessidades
portadores de necessidades especiais e pessoa com deficiência” (Chagas, 2006). Para a autora “pessoa com deficiência” é o termo mais apropriado, uma vez que os outros termos centram-se na deficiência e não na pessoa, isto é,
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Assistente Social, Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília e Pesquisadora da Anis – Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero.