Serviço Social
O Serviço social peregrinou pelos séculos na busca por sua especificidade e campo de atuação. Foi usado pela burguesia em sua gênese no século XIX, buscando atender somente seus próprios interesses, alienando e subjugando o proletariado. Neste trabalho será analisada a gênese do Serviço Social enquanto profissão com estruturação metodológica e teórica em nosso país, já que em seus primórdios era utilizada como simples ajuda ao pobre e carente pelos mais ricos. Desta maneira sua formação no Brasil não se dará de forma diferente, já que as escolas de Serviço Social basearam-se nos ideais europeus de assistencialismo financiados pelos burgueses e apoiados pela igreja Católica.
Em uma ordem cronológica dos acontecimentos e evolução do Serviço Social no Brasil, observa-se a grande interferência católica neste percurso longo, árduo e mecânico de evolução desta profissão. No ano de 1922 a igreja Católica organizou a I Conferência de Ação Católica dando assim um salto em direção aos ideais assistencialistas de ordem cristã e exigida por Deus. Dez anos mais tarde, em 1932 o Brasil contou com a visita de Adele de Loneux, trazendo novos ideais europeus acerca do Serviço Social por meio de diversas conferências que fez pelo país e ao retornar para a Bélgica levou consigo duas brasileiras, Maria Kiehl e Albertina Ramos, que aos se formarem sob influência européia, voltaram ao país e fundaram a Escola de Serviço Social de São Paulo. Neste mesmo ano criou-se também o Centro de Estudos da Ação Social (CEAS) ? sendo considerado uma importante evolução para o Serviço Social no Brasil. em 1932 foi ministrado o curso intensivo de filantropia para formação social de moças, promovido pelas cônegas de Santo Agostinho, onde estas apelaram para a criação de uma organização que atendesse os necessitados. As trabalhadoras sociais da época eram moças ricas e de famílias abastadas que lidavam diretamente com proletariado da época, geralmente das próprias empresas da família.