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Recebi um e-mail da leitora Rute Mattos pedindo uma sugestões sobre atividades que contemplem a formação da consciência crítica (ex.: no dia do índio formar consciência crítica à esse respeito). Achei o pedido muito interessante e desafiador e ao invés de responder diretamente decidi fazer essa postagem.
Antes de tudo precisamos entender o termo consciência crítica. Paulo Freire, em Educação e Mudança (1983), aponta suas características que se contapõe à consciência ingênua.
Anseio de profundidade na análise de problemas. Não se satisfaz com as aparências.
Pode-se reconhecer desprovida de meios para a análise do problema. Reconhece que a realidade é mutável.
Substitui situações ou explicações mágicas por princípios autênticos de causalidade.
Procura verificar ou testar as descobertas. Está sempre disposta a revisão.
Ao se deparar com um fato, faz o possível para livrar-se de preconceitos. Não somente na captação, mas também na análise e na resposta.
Repele posições quietistas. É intensamente inquieta. Torna-se mais crítica quanto mais reconhece em sua quietude a inquietude, e vice-versa.
Sabe que é na medida em que é e não pelo que parece. O essencial para parecer algo é ser algo; é a base da autenticidade.
Repele toda transferência de responsabilidade e de autoridade e aceita a delegação das mesmas. É indagadora, investiga, força, choca. Ama o diálogo, nutre-se dele.
Face ao novo, não repele o velho por ser velho, nem aceita o novo por ser novo, mas aceita-os na medida em que são válidos.
Um texto muito interessante de Rogério de Almeida Cunha diz que a utilização constante da palavra conscientização (que nasceu com o sentido de formação da consciência crítica), "esvaziou-a do que ela tem de mais profundo." Fazendo-se então necessário questionar:
1. O que é consciência?
2. O que é crítica?
3. Como nasce a consciência crítica?
O que é consciência
"A consciência é, pois, fundamentalmente a capacidade
humana,