Serviço Social
1.1 Péssimas condições em que os presos vivem
A prisão que surgiu como um instrumento substitutivo da pena de morte, das torturas públicas e cruéis, atualmente não consegue efetivar o objetivo da pena. Passa ser apenas uma escola de aperfeiçoamento do crime, além de ter como característica um ambiente degradante e pernicioso, acometido dos mais degenerados vícios, sendo impossível a ressocialização de qualquer ser humano.
O sistema presidiário brasileiro, com o decorrer do tempo, tem se deteriorado, chegando a uma situação insustentável, com um número de presos bem maior do que o de vagas. Não há no país nenhuma penitenciária ou outro meio de reclusão (centro de detenção provisória, delegacias, entre outros), sob os cuidados dos governos, que possuam um número de presos menor do que o de vagas e nem sequer uma cadeia onde o número de presos seja igual ao de vagas: todos se encontram superlotados. Os dados também mostram que o sistema é ineficiente, uma vez que não consegue atingir seu objetivo básico que é o de recuperar e reintegrar o preso à sociedade: mais de 80% dos detentos que saem da cadeia, voltam ao mundo do crime, retornando assim aos presídios.
Segundo estatísticas do ICPS (Centro Internacional para Estudos Prisionais) referentes ao ano de 2013, a população carcerária brasileira era de 548 mil presos, num universo de 190 milhões de pessoas. Ocupa a quarta posição no ranking mundial, perde apenas para os Estados Unidos (primeiro lugar com 2,2 milhões de pessoas em cadeias), China (que tem 1,5 milhão) e Rússia (com 870 mil).
Celas superlotadas, falta de higiene e de atendimento médico, tortura, castigo e sofrimentos formam o cenário comum da maioria dos presídios brasileiros. Devido à superlotação muitos dormem no chão de suas celas, às vezes no banheiro, próximo ao buraco de esgoto. O abandono por parte do governo, a falta de investimentos e o descaso do poder público ao