Serviço social

Trauma: o estresse violento pode gerar demência
Pesquisadores americanos chegam a conclusão que uma violência intensa sofrida no passado (Estresse), gera um padrão de comportamento que gera prejuízos à qualidade de vida e conseqüentemente, à saúde, podendo ser a principal causadora dos casos de demência, como o Alzheimer.
Um exemplo típico são os veteranos de guerra com Transtorno de Estresse Pós Traumático (TEPT), eles apresentam diversos distúrbios psíquicos que afetam o seu comportamento e por fim, a sua saúde. Só para se ter uma idéia, estes veteranos apresentam quase o dobro de risco de desenvolver demência, se compararmos com os veteranos que não sofrem do Transtorno de Estresse Pós Traumático.
A conclusão sobre a saúde deste grupo vitimado pelo Estresse, é o resultado da pesquisa apresentada nesta segunda-feira (13) em reunião da Associação sobre Alzheimer, em Viena (Áustria). Trata-se do primeiro estudo a determinar o vínculo existente entre o Transtorno de Estresse e Problemas Psíquicos Mentais posteriores.
Os pesquisadores da Universidade da Califórnia em São Francisco, analisaram o quadro clínico de 53.155 veteranos diagnosticados com Transtorno de Estresse Pós Traumático e o resultado é que a chance do desenvolvimento de demência nestes casos foi praticamente o dobro.
"O problema é que hoje em dia muitos de nós vivem uma verdadeira guerra, o que faz com que também sejamos possíveis vítimas da demência. O Estresse Pós Traumático não é uma exclusividade dos veteranos de guerra, pois casos como acidentes envolvendo morte e traumas são comuns por iniciarem o processo deste distúrbio, portanto os dados deste estudo são importantíssimos para nossa sociedade. O Estresse é uma força poderosíssima que se inicia na Mente e envolve o Organismo diretamente através da produção de uma cadeia hormonal e, isto sendo vivido diariamente torna-se uma bomba relógio", afirma Sandro Tubini (psicólogo e psicoterapeuta da capital paulista).
Equipe Comportamento e Saúde