Serviço social
Seus grandes monumentos, sem dúvidas, são os textos dos seminários de Araxá e de Teresópolis – revelar-se-à um eixo de extrema densidade no momento de reflexão profissional: não só continuará mobilizando energias nos anos seguintes como,especialmente, mostrar-se-á o vetor de renovação que mais precisamente marcou a categoria profissional. A especificidade que historicamente caracteriza o serviço Social, situa-se na demanda social que viabiliza e legitima a implantação e desenvolvimento da
Instituição a partir do momento em que a secularização e o alargamento da base social de recrutamento – o meio profissional – ultra passa os limites do “bloco católico”. A profissão não poderia deixar de ser profundamente marcada por aquela especificidade. Situa-se aqui a questão da auto-justificação da atividade profissional dos assistentes sociais e das estratégias de desenvolvimento do campo de ação profissional, de reconhecimento e status. O Serviço Social não está isento da necessidade de constantemente produzir sua própria justificação. Será necessário atualizar constantemente um discurso que legitime o Serviço Social perante sua clientela. Por outro lado, a contradição evidente entre o discurso institucional, seus objetivos e pretensões e aquilo que realiza cotidianamente o assistente social, torna uma confirmação constante de sua utilidade social e do caráter de seus objetivos: De que os determinismos sociais - vistos como fatores que atuam de fora – são os principais responsáveis pelas limitações e condicionamentos à prática profissional. O lapso histórico que é coberto pela vigência da autocracia burguesa demarca também uma quadra extremamente importante e significativa no desenvolvimento do Serviço Social no Brasil. Do ponto de vista profissional, o fenômeno mais característico relaciona-se à renovação do Serviço Social. Sua natureza e funcionalidade constitutiva alteraram muitas demandas