Serviço social

Uma análise da família contemporânea

Família é um termo muito discursado por diversos setores e atores da sociedade que a traduz como sendo o núcleo natural de proteção, promoção e desenvolvimento de seus membros. Mas o que vem a ser realmente uma família?

Diante de uma reflexão bíblica fica claro que a família é a instituição mais sagrada para Deus, que a formou e estabeleceu um padrão, onde pai, mãe (homem e mulher) e filhos coabitam em harmonia na busca de satisfação pessoal e da vontade divina, enquadrando-se na linguagem atual como família nuclear. Historicamente falando, consta que o termo “família” é derivado do latim “famulus”, que significa “escravo doméstico”. Este termo foi criado na Roma Antiga para designar um novo grupo social que surgiu entre as tribos latinas, ao serem introduzidas à agricultura e também escravidão legalizada.

Consta também, segundo o Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa de José Pedro Machado, a palavra família entrou na nossa língua, no século XVI por via culta, através do latim 'família', que significava «o conjunto dos escravos da casa; todas as pessoas ligadas a qualquer grande personalidade.

Segundo ALVES (1977), no direito romano clássico a "família natural" cresce de importância - esta família é baseada no casamento e no vínculo de sangue. A família natural é o agrupamento constituído apenas dos cônjuges e de seus filhos, tendo por base o casamento e as relações jurídicas dele resultantes, entre os cônjuges, e pais e filhos.

No entanto, o conceito de família vem-se transformando através dos tempos, acompanhando as mudanças religiosas, econômicas e socioculturais do contexto em que essas famílias se encontram inseridas.

Contemporaneamente, podemos contemplar uma diversidade de conceitos e arranjos familiares, onde não existe uma família ideal ou um modelo pré-determinado de família, existem famílias reais, independentes de suas configurações.

A luz da Constituição