Serviço social e trabalho
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Existe um enorme debate sobre a ontologia do trabalho e o Serviço Social. Para Lessa, o trabalho é a categoria fundante do mundo dos homens. O trabalho – aqui entendido como a ação do homem de transformar a natureza para a produção de bens necessários à sua sobrevivência - ganha centralidade: é a partir dele que os homens podem transformar sua história, pois o desenvolvimento histórico é aliado ao desenvolvimento do trabalho. Este, incorpora o patamar de desenvolvimento da sociedade e, ao mesmo tempo, ao se realizar, colabora para o desenvolvimento da sociedade como um todo, com todas as mediações devidas. (LESSA:2000) A forma do trabalho vai se transformando historicamente e gerando novas necessidades e é imprescindível que a sociedade atenda essas necessidades para que se garanta a reprodução social. O Serviço Social é gerado na passagem do capitalismo concorrencial para o capitalismo monopolista, para atender à necessidades deste modo de produção, atuar nas relações entre os homens De forma sumária, e reconhecendo as potencialidades revolucionárias da profissão, o Serviço Social faz parte dos complexos que moldam os atos dos indivíduos para adequá-los à reprodução social. É por isso que o professor Sérgio Lessa vai dizer que o Serviço Social não é trabalho. O serviço social não produz os bens materiais mas “organiza” a sociedade para tornar possível sua reprodução. O trabalho concreto, gerador de valor de uso, existe em qualquer sociedade. No modo capitalista de produção, o trabalho assume a forma de trabalho abstrato, aqui se produz não mais valor de uso, mas valor de troca, capital. É sobre esse trabalho abstrato que se encaixa a discussão sobre trabalho produtivo e improdutivo. Sara Granemann (1999) não entende como produtivo apenas o trabalho que realiza transformação da natureza, mas sim aquele que ao se realizar produz riqueza. “ O Serviço Social opera como trabalho produtivo quando