Serviço social nas décadas de 20 e 30
A questão social atinge a vida do sujeito numa luta pela cidadania civil, são feitos questionamentos pela classe subalterna sobre suas condições pauperizadas causadas pelas contradições presentes no capitalismo. O trabalhador brasileiro na década de 20 e 30 se encontrava em condições miseráveis, amontoam-se em bairros insalubres junto às aglomerações industriais, em casas infectas, sendo muito frequente a carência – ou mesmo a falta absoluta – de água, esgoto e luz.
Grande parte das empresas funciona em prédios adaptados, onde são mínimas as condições de higiene e segurança, e muito frequente os acidentes. O poder aquisitivo dos salários, mesmo com o trabalho extenuante da maioria de seus membros da família, é insuficiente para a subsistência da família. O preço da força de trabalho é constantemente pressionado para baixo pra uma progressiva constituição de um exército industrial de reserva (desempregados). É comum a existência de crianças operárias de até cinco anos e dos castigos corporais infligidos a aprendizes. A jornada de trabalho já nessa época era de 10h diárias (isso numa média).
As leis sociais, que representam parte dessa regulamentação jurídica reivindicada, se colocam na ordem do dia a partir do momento em que as terríveis condições de existência do proletariado ficam definitivamente retratadas para a sociedade brasileira por meio dos grandes movimentos sociais desencadeados para a conquista de uma cidadania social. No mais, as leis sociais surgem para providenciar políticas públicas que de alguma forma levam em consideração os interesses da classe operária e as inúmeras expressões da questão social. As leis sociais são de última instância, resultantes da pressão do proletariado pelo reconhecimento de sua cidadania social. Trata-se também de trazer para um primeiro plano a questão social.
A questão social é o conjunto das expressões do processo de