SERVIÇO SOCIAL, HISTÓRIA E DESAFIOS.
Diante das transformações que vem ocorrendo na sociedade e devido ao capitalismo cada vez mais acirrado, o profissional do assistente social também passa por uma nova reconfiguração. A realidade social e o desenvolvimento teórico-prático põem a formação profissional em Serviço Social na cena contemporânea da sociedade.
O serviço social tem na sua base de especialização, a questão social, que se expressa pelas inúmeras desigualdades sociais da sociedade capitalista. O assistente social irá trabalhar junto às questões nas diversas áreas da vida quotidiana.
A expressão questão social para alguns autores é muito ampla para ser tomada como objeto de uma categoria profissional específica. O que define a especificidade do Serviço Social em relação à questão social é a sua apreensão como decorrência da contradição entre o capital e o trabalho. Hegemonicamente, os assistentes sociais entendem que, para a construção de uma sociedade sem desigualdades, é preciso transformar a ordem social capitalista e, para isso ocorrer, é necessária a união dos trabalhadores em torno dos seus interesses de classe.
Os assistentes sociais defrontam-se, cotidianamente, com as mais variadas expressões da questão social como a violência, a pobreza, o desemprego, a falta de acesso à saúde, à educação, ao trabalho, à habitação, etc. Esses profissionais intervêm em situações em que os idosos sofrem a violação de direitos previstos constitucionalmente, as crianças e adolescentes estão envolvidos com o narcotráfico, as mulheres são vítimas de violência, enfim, essas são algumas das expressões da questão social evidenciadas nos processos de trabalho, nos quais os assistentes sociais se inserem.
A apreensão dessas situações como expressões do conflito entre capital e trabalho demarca a especificidade do Serviço Social no espaço sócio-ocupacional. Por isso, os profissionais de outras áreas que trabalham na instituição nem sempre possuem o mesmo entendimento