Serviço socail e política social
A partir do desenvolvimento industrial no Brasil, houve significativas mudanças sociais. Essas mudanças ocorreram tanto no campo habitacional, como econômico, estrutural e cultural. Com os problemas emergentes desse novo modelo de sociedade, surge concomitantemente a necessidade de políticas sociais voltadas a resolver esses conflitos e, de certa forma, manter a qualidade de vida dos cidadãos juntamente com a manutenção do capitalismo e dos interesses do Estado. Nesse contexto, desponta o Serviço Social no Brasil vinculado inicialmente a ação social e ação da Igreja Católica, com raízes conservadoras e europeias, utilizado como um instrumento da burguesia. Depois se consagra como uma categoria profissional, enfrentando desde então, e dentro da sua própria categoria, questionamentos e debates acerca da sua função na sociedade e os parâmetros éticos e morais que norteiam a formação desse profissional.
O Serviço Social sempre teve como fonte de trabalho as questões sociais e consequentes relações sociais advindas desse processo.
O ESTADO E A QUESTÃO SOCIAL
Na década de 1930, o Brasil passava por uma intensificação do processo de industrialização e juntamente com um significativo desenvolvimento econômico, social, político e cultural. Segundo Marx e Engels, as relações de produção modelam, a estrutura social e a repartição da sociedade em classes. Quando as condições materiais de produção mudam, também se alteram as relações entre os homens que ocupam a mesma posição na sociedade de classes. Assim, consequentemente, as relações sociais passaram a assumir características peculiares do sistema social capitalista.
Com esse processo de desenvolvimento industrial, vinculado à expansão urbana, houve uma piora na vida social, com o surgimento de grandes aglomerados em torno das cidades, atestando o crescimento da pobreza, do desemprego e da exclusão levando a privações social, econômica, cultural e política para a classe trabalhadora. Por outro lado, se