Servico social na copa de 2014 no brasil
O Serviço Social deve estar atento aos impactos causados pela realização da Copa do mundo e das Olimpíadas no Brasil
As obras para a Copa do Mundo 2014 e Olimpíadas 2016 atropelam as comunidades (arte: Rafael Werkema)
O que era para ser um grande evento esportivo, de repercussão internacional e deixar vários legados positivos para a população brasileira, materializa-se nas cidades-sedes com a dimensão contrária, em ações de violações de direitos da população e falta de transparência nas obras e gastos públicos. Há uma discussão nacional sobre os impactos que a Copa do Mundo tem gerado nas grandes cidades do Brasil. O conjunto CFESS/CRESS está inserido nesta discussão.
Hoje o que assistimos nacionalmente é a ampliação da escala de violação de direitos, principalmente às comunidades pobres, falta de controle social e altos investimentos públicos em empresas privadas, trazendo o grande questionamento de que legado a Copa trará para a população?.
Como uma das formas de resistência, há a proposta dos Comitês Populares no Brasil, que são uma articulação nacional dos movimentos populares e organizações sociais nas cidades-sede dos jogos. Os Comitês lutam pela defesa da gestão democrática, da soberania popular, da justiça fundiária e da função social da cidade e garantia intransigente de direitos sociais.
“As obras para realização da Copa do Mundo, estão literalmente, passando em cima das comunidades e dos direitos dos cidadãos”. A denúncia é do dirigente da Central de Movimentos Populares (CMP), Benedito Barbosa, durante o Seminário de Capacitação para o Conselho Nacional das Cidades, realizado em Brasília, nos dias 6 e 7 de junho, pelo Fórum Nacional de Reforma Urbana, articulação nacional que congrega movimentos sociais e entidades em defesa da reforma urbana. O CFESS, que integra o Fórum, marcou presença no Seminário.
"A realização desses megaeventos deveria deixar um legado sócio urbano e socioambiental positivos