serigrafia

Instrutor: Silvio Lavôr

SERIGRAFIA

O uso de moldes vazados é muito antigo. Foi empregado antiguidade pelos gregos e egípcios na decoração de vasos, e pelos chineses e japoneses também como processo de multiplicação de estampas na decoração de tecidos de seda. Quando os artistas necessitaram reproduzir grandes desenhos para a pintura de murais, como os que Miguel Ângelo o executou para a capela Sistina, valeram-se de esboços vazados. Eram moldes perfurados, conhecidos corno sistema de "polvo" nos quais, através de pó de carvão ou talco, obtêm-se um calco dos contornos do desenho na parede. Esses sistemas de moldes vazados ficaram conhecidos como método porchoir. Com grande variedade de moldes para obter-se riqueza de cores, foram usados no ornato de residências e palácios. No Brasil, por volta do começo do século, tal método foi utilizado na pintura de interiores, dos quais os atuais "papeis de parede" representam uma réplica.
Mas não nos precisaríamos valer de exemplos do passado para demonstrar o uso de moldes vazados, pois a atualidade é rica em exemplos de aplicação deste procedimento.
Ela ocorre na numeração de caixas, fardos ou letreiros executados com moldes vazados de zinco. Mesmo na estampa artística tem sido muito empregado como auxiliar em casos de impressão a cores. Trata-se de um método que enseja grande possibilidade de exploração criativa e que pela simplicidade de seus meios econômicos está ao alcance de todos.
Admite-se que este método, que permite a impressão ou reprodução de figuras com moldes vazados e que se utiliza do emprego de tintas pouco consistentes, aplicadas com pincel roliço e chato, seja o precursor da descoberta do processo serigráfico.
A palavra é derivada do látim seri (seda) e do grego grafia (escrever). A serigrafia é um processo de impressão vazada que se utiliza unia tela esticada em armação. Primitivamente era de seda e hoje vem sendo substituída por materiais mais resistentes como nylon, poliéster e até metal.