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Capítulo 28
O fluxo migratório (reserva de mão-de-obra) permitiu a expansão da economia cafeeira sem que esta apresentasse tendência de alta aos salários reais. O empresário retêm as melhorias na produtividade sem repasses aos assalariados. Produtividade esta, apenas econômica que refletia alterações no preço do café. Os aumentos de produtividade física dependiam de aplicações maiores de capital/terra e mão de oba.
Sem uma pressão por parte dos trabalhadores os empresários não se preocupavam em melhorar as técnicas de plantio, fazendo uso extensivo da mão-de-obra.
Evitava-se também o gasto de K (Capital) com a terra, que existia em abundancia. Assim ao se esgotar esta terra eles a abandonavam, como o fazem as empresas de mineração e partiam para outras terras desocupadas ou subocupadas. Eles não tinham incentivos econômicos para preservar as terras utilizadas.
“era essa, alias a forma racional de crescimento de uma economia onde existiam terra e mão de obra desocupadas ou subocupadas, e onde era escasso o capital.”
Como não se aumentava a produtividade física os ganhos vinham do aumento do preço do café, portanto os lucros e prejuízos vinham das alterações nos preços, porem o governo fazia correções nestas variações de lucro por meio de reajustamentos na taxa cambial.
As crises econômicas penetravam no sistema de fora para dentro. Após a queda nos preços das exportações o consumo de importados demorava a cair acarretando em uma acumulação de um déficit na conta corrente da balança de pagamentos. Para corrigir o desequilíbrio era necessária uma contração geral começando pelo setor exportador. Isto afetaria diretamente a remuneração das altas classes o que faria diminuir sua demanda por importados.
Com a baixa nas exportações o preço das importações o poder aquisitivo externo da moeda nacional cairia e com isso os preços dos importados subiriam, pois, as pessoas tentariam salvar seu poder de compra com estes. Com o aumento dos