Seres transgenicos
O vocábulo transgênico foi usado em 1982, por Gordon e Ruddle, época em que foram divulgados, nos EUA, os camundongos gigantes "fabricados" por Palminter Brinster e Hammer. Em 1983 foi feita a primeira planta transgênica. A transgênese é uma biotecnologia aplicável em animais e vegetais que consiste em adicionar um gene, de origem animal ou vegetal, ao genoma que se deseja modificar. Denomina-se transgene o gene adicional. O transgene passa a integrar o genoma hospedeiro e o novo caráter dado por ele é transmitido à descendência. O que significa que a transgênese é germinativa.
A engenharia genética, ao transferir genes entre espécies diferentes, quebrou a fronteira entre as espécies. A transgenicidade, como qualquer outra biotecnologia bioengenheirada, elimina as fronteiras entre as espécies ao possibilitar que qualquer ser vivo adquira novas características ou de vegetais, ou de animais ou humanas. Feito de tal monta com certeza provocará inúmeras alterações na vida biológica, social, política e econômica em âmbito mundial, já que é fato inconteste que as biotecnologias bioengenheiradas portam um enorme potencial de desequilíbrio de micro e macro ecossistemas.
Não custa refletirmos um pouco sobre a dialética da natureza. Qual o impacto e como reagirá a natureza diante de sementes resistentes à ação de pesticidas e doenças? O esperado é que mais cedo ou mais tarde, em um processo de seleção, as sementes bioengenheiradas eliminem as sementes naturais e também podem se misturar, via polinização, a vegetais naturais gerando espécies estéreis ou, no mínimo, enfraquecidas.
Chamamos transgênicos (ou OGMs - organismos geneticamente modificados) aqueles organismos que adquiriram, pelo uso de técnicas modernas de Engenharia Genética, características de um outro organismo, algumas vezes bastante distante do ponto de