Seres humanos
“A ADOLESCÊNCIA E OS PSICÓLOGOS: a concepção e a prática dos profissionais”
No texto de Ozela, aborda sobre a dificuldade que os psicólogos possuem em estabelecer uma concepção de adolescência que não seja esteriotipada. Com base nessa análise, desenvolveu-se uma pesquisa feita por estudantes da PUC-SP (5º período de Psicologia) por volta de 1990, com a finalidade de desvelar estigmas, comparar o discurso de psicólogos e teóricos, ilustrar a naturalização que ocorre dentre esses significados, comentar sobre a prática envolvida tal como o objeto de intervenção utilizado para essa demanda e desvendar os processos de cristalização desenvolvidos na Psicologia desde o início do século XX sobre tal temática. Esta pesquisa foi contextualizada na abordagem Sócio-Histórica.
Para compreender como se dá a imagem esteriotipada da adolescência é preciso conhecer sobre a visão liberal do homem, que consiste na ideia de homem natural e livre. Dando ênfase na saúde e não na doença, buscando adequar as pessoas a condições adequadas para um bom progresso. Possuindo em suas práticas de intervenção a busca pela cura e prevenção das doenças.
Já na visão sócio-histórica está presente a relação dialética entre indivíduo e sociedade. O qual o sujeito age no ambiente para suprir suas necessidades. Dessa forma ele vai construindo o mundo a sua volta e conseqüentemente a si mesmo. A prática psicológica característica deste enfoque é a promoção a saúde, trabalhando no individuo a capacidade de enfrentamento para com a realidade. Esta abordagem considera a adolescência como uma etapa, a qual possui características próprias; um processo contínuo, que estabelece a passagem da vida de criança para a vida adulta; e também, de forma inerente e inevitável. Assim, entende-se