ser enfermeira
Com o dom para trabalhar com pessoas, os profissionais driblam a falta de estrutura do SUS todos os dias para tirar um sorriso dos pacientes e dos familiares durante o tratamento.
Iniciei a minha atividade profissional como enfermeira há três anos, em Hospitais de Brasília.
Estórias vividas dia a dia em meu trabalho como enfermeira. Sempre amei minha profissão, mas também, sempre procurei tirar lições e achar em cada caso, uma razão para sorrir. Pensei eu não quero ser assim! E não quero mesmo! Mas é difícil... demonstrar diariamente que somos nós que damos algum conforto, num lugar estranho, cheio de dor e pânico permanentemente.
A dor do outro aflige-me ! Deixa-me nervosa e desatenta... para mim a dor é semelhante à morte, leva ao desespero facilmente.
É ter uma parte de nós desintegrada que sofre e nos pede alivio.
Era um dia de plantão normal e como sempre muito corrido
- Esse dia!
Um paciente idoso Sr. João chegou para a admissão para uma realização cirúrgica do coração no dia seguinte.
Muito simpático acompanhado de uma bela moça “Alessandra”.
Ele com seus cabelos grisalhos, boa fala, muito educado e simpático.
Ela mais inibida, educada e muito, mas muito atenciosa com meu mais novo paciente.
Realizei a anamnese , tirei-lhe todas as dúvidas e o animei para o breve retorno após sua cirurgia.
Como gosto muito de conversar, outros assuntos surgiram.
A moça participou de todos, e volta e meia dava um singelo beijinho na testa de meu adorável paciente.
- E pensativa fiquei e admirada com o carinho da moça com meu paciente...
Após todas as informações obtidas, todas as dúvidas esclarecidas com todo apoio emocional era hora de me ausentar e deixar que ficasse à vontade para a vestimenta da roupa cirúrgica.
Mas...como sempre, eu muito falante e deveria ter ficado quieta fui logo dizendo antes de me despedir:
"- Veja só Sr. João não há nada mais confortante para um paciente que irá para uma cirurgia um pouco longa por