As práticas das enfermeiras de uma unidade de saúde da família de londrina, e a relação com as atribuições do exercício profissional
Suellen Karina de Oliveira Giroti1; Elisabete de Fátima Polo de Almeida Nunes2; Mara Lúcia Rocha Ramos3 Resumo
Estudar as práticas de enfermagem é um tema cuja discussão tem sido valorizada e intensificada nos últimos anos, devido à necessidade de se conhecer e esclarecer as competências e dar respaldo ao profissional enfermeiro das práticas realizadas nas Unidades de Saúde da Família (USF). Para isso, torna-se necessário não apenas ter o conhecimento dessas atribuições, mas também saber se todas estão de acordo com a realidade do trabalho desenvolvido por esses profissionais. Esta pesquisa tem uma abordagem qualitativa, tipo estudo de caso, que analisou, durante o período de 19/06/2006 a 06/09/2006, o desenvolvimento das atribuições realizadas por cinco enfermeiras que atuam em uma USF do município de Londrina. Foram utilizadas para este estudo as atribuições estabelecidas pelo Ministério da Saúde (MS) e Autarquia Municipal da Saúde de Londrina (AMS), cujo propósito é entender se as práticas realizadas pelas enfermeiras da USF, condizem com as atribuições propostas pelo MS e AMS. Os resultados mostraram que as atribuições do exercício profissional, embora amplas, direcionam as práticas de enfermagem e estão de acordo com a realidade vivida pelos profissionais em estudo, e umas acontecem com mais intensidade que as outras. Verificou-se que dentre essas atribuições, prevalecem para as enfermeiras do Programa de Saúde da Família (PSF), as atividades assistenciais, e, para a enfermeira coordenadora, as práticas administrativas e de supervisão. Percebe-se que não há a possibilidade de apenas uma enfermeira realizar todas as atribuições preconizadas, havendo a necessidade das enfermeiras trabalharem em