SENSORIAMENTO REMOTO

INTRODUÇÃO

A cidade não é apenas espaço das construções de concreto é, antes de tudo, o espaço privilegiado em que as relações sociais e cotidianas se desenrolam e, mais que isso, se revelam seja, por exemplo, nos muros altos erguidos pela classe média e no sobressalto das esquinas com carros de vidros fechados, seja na segregação nem sempre explicitada, mas real, dos shoppings-centers, das lojas e das casas de diversão. Neste livro, a geógrafa Ana Fani Alessandri Carlos retoma suas reflexões sobre a cidade e o urbano, propondo novas e instigantes análises a respeito do tempo e do espaço na metrópole. Longe de fornecer soluções prontas e acabadas, o livro é um convite ao debate, o que o torna imprescindível a todos aqueles - geógrafos, arquitetos, sociólogos, planejadores urbanos etc - que se debruçam a pensar os caminhos e descaminhos da cidade nos dias de hoje.

O ESPAÇO URBANO

O espaço urbano constitui-se de paisagens urbanas e elas são as mais alteradas pelos seres humanos; praticamente todos os elementos que vemos em uma cidade foram introduzidos pela ação humana. Nas paisagens das cidades (paisagens urbanas) predominam os elementos culturais ou humanos, como edifícios, casas, ruas, avenidas, praças e estabelecimentos comerciais. Os elementos naturais parecem ausentes. Nas paisagens urbanas predominam as atividades do setor secundário. Nas cidades marcadas pela intensa atividade industrial, destacam-se as fábricas e as moradias dos trabalhadores ( casas e prédios), os estabelecimentos comerciais e um intenso tráfego de transportes de carga. Há cidades que predominam as atividades do setor terciário, ou seja, o comércio e os serviços em geral ( sistema financeiro e bancário, turismo, educação etc.) Nas cidades marcadas pelas atividades comerciais destacam-se na paisagem urbana as lojas de produtos diversos e intenso tráfego de pessoas e mercadorias pelas ruas e avenidas. Exemplo: Tóquio, capital do Japão. Em outras cidades