SEnhorita
A zona sedimentar costeira do Rio Grande do Norte tem 410 km de extensão sendo 72% de praias arenosas e 26% de falésias ativas da formação barreira. O litoral potiguar é subdividido em Litoral Oriental (norte- sul) e Litoral setentrional (este- oeste). Essa subdivisão dá-se pensando no posicionamento geográfico, associando-se ainda as distinções climáticas e tectônicas que interferem no regime de direção dos ventos e em padrões de circulação oceânica que modelam o litoral (Vital 2005).
Ainda segundo VITAL (2005) A região litorânea do Rio Grande do Norte é constituída por rochas sedimentares do Período Cretáceo, encobertas por rochas da Formação Barreiras e sedimentos do quaternário, apresentando elementos de relevo como tabuleiros costeiros; rochas praiais e campos de dunas. Na Litoral Oriental, no qual está inserida a área de estudo, estende-se da Praia do Sagi, em Baía Formosa e limita-se ao norte por Cabo Calcanhar, em Touros, somando 166 km de extensão, os quais constituem 41% do litoral potiguar, sendo deste total 61% (101 km) de praias arenosas, planas e estreitas e, 39% (65 km) de falésias ativas. Esta porção do litoral tem como principal característica morfológica a sequência de baías em forma de zeta, as quais seriam originárias de processos de erosão diferencial das rochas do Grupo Barreiras, pela ação de ondas com padrões de refração e difração muito singulares que chegam a costa em uma direção recorrente.
É caracterizado ainda pelo clima tropical quente, úmido e sub-úmido (NIMER, 1989 apud VITAL, 2005), a velocidade dos ventos, que varia de 3,8 a 5 m/s na estação Natal, sendo oriundos do quadrante SE. Esses ventos originam uma deriva litorânea a qual atua quase o ano inteiro transportando sedimentos no sentido Sul-Norte.
Na zona de arrebentação, as ondas tem de 0,2 a 1,5 m de altura e para as correntes costeiras, cerca de 0,1 a 0,8 m/s em sentido Sul para Norte (Diniz e Dominguez, 1999; Chaves, 2000; Souza, 2004 apud VITAL, 2005). As