Semiárido
A SECA NO SEMI-ÁRIDO E SEUS FORTES CONTRASTES
Os problemas sociais encontrados na seca são marcas que castigam a população habitante dessa região, dentre eles lista-se a seca, falta de água, fome, miséria, dentre outros. Mesmo nesse cenário, o poder criativo do homem surpreende ao encontrar nessa adversidade inspiração para arte, é o que percebemos na literatura de cordel, texto característico da vida sertaneja, a exemplo do texto abaixo:
Aonde há um povo forte / á temidos campineiros que cutivam o progresso / num chão escasso e altaneiro essa é a vida de quem convive / com semi-árido brasileiro
Entra janeiro e sai janeiro / e ás vezes nem trovoadas o agricultor prepara a terra / para plantar na envernada e se vão fevereiro e março / e chuva que é bom não vem nada (...). O fragmento apresentado compõe o texto em cordel de José Freitas de Souza, intitulado “O semiárido em cordel”, onde através da arte local ele expressa o modo de viver, o cotidiano de quem convive com a realidade do semiárido.
Cabe destacar que a seca não só é um problema climático, mas também uma situação que gera dificuldades sociais para as pessoas que habitam a região. A restrição do acesso à água torna difícil a expansão da agricultura e a criação de animais. Desta forma, o cenário é de esvaziamento de recursos econômicos, gerando fome e miséria no semiárido. Muitas vezes é necessário andar durante horas sob o sol e calor forte para pegar água, quase sempre suja e contaminada. Nessas condições onde a alimentação é parca e a água provém de fonte suspeita, os habitantes do sertão nordestino acabam vítimas de muitas doenças.
O emprego nesta região também é raro, o que tem forte contribuição no êxodo rural. Assim é comum a busca de melhores condições de vida nas grandes cidades por habitantes do semiárido. Estas regiões ficam na esperança de ações públicas assistencialistas que quando funcionam, não geram condições para um desenvolvimento