Seminario Tematico III - Ética
VALDIVINO ANTÔNIO DA COSTA ARAÚJO
O ESQUECIMENTO DA ÉTICA ARISTOTÉLICA NOS DIAS ATUAIS
Trabalho apresentado à disciplina de SEMINÁRIO TEMÁTICO III, do 4º semestre, do curso de Administração Pública, da Universidade do Estado do Mato Grosso.
Professora Ms. Vivian Lara Caceres Dan
1. MODELO ARISTOTÉLICO DE FELICIDADE E VIDA COLETIVA NA GRÉCIA ANTIGA
Segundo Aristóteles, a felicidade não está ligada aos prazeres ou as riquezas, mas a atividade e prática da razão. Em sua opinião, a capacidade de pensar é o que há de melhor no ser humano, uma vez que a razão é nosso melhor guia e dirigente natural. Se o que caracteriza o homem é o pensar, então esta é sua maior virtude e, portanto, reside nela à felicidade humana. Aristóteles, fiel aos princípios de sua filosofia especulativa, e após ter feito uma análise e um estudo da psicologia humana, verificou que em todos os seus atos o homem se orienta necessariamente pela ideia de bem e de felicidade e que nenhum dos bens comumente procurados (a honra, a riqueza, o prazer) preenche esse ideal de felicidade. Daí a sua conclusão: primeiro, a felicidade humana deverá consistir numa atividade, pois o ato é superior a potência; segundo, deverá ser uma atividade relacionada com a faculdade humana mais perfeita que é a inteligência.
Na Grécia Antiga, apesar de todo o ideal democrático existente, podemos perceber que, sob um ponto de vista moderno, não havia uma real igualdade entre os homens. Em Atenas, o principal centro político da época, somente aqueles considerados cidadãos é que poderiam participar da vida política, ou seja, apenas os homens atenienses livres e maiores de 20 anos possuíam a cidadania ativa. Estavam excluídos os estrangeiros, os escravos, as mulheres e