Seminario Filosofia

O Utilitarismo depois de Mill
Sobretudo no contexto da filosofia analítica da segunda metade do século XX, a ética utilitarista suscitou um debate filosófico extraordinariamente rico e multifacetado.N
Começemos pelas tentativas de justificação do utilitarismo.
HARE
Uma das mais discutidas foi proposta por Hare e, por oposição à «Prova» de Mill, não apela a dados empíricos, baseando-se antes no estudo metaético do significado dos termos e dos juízos morais. De acordo com a teoria metaética de Hare, conhecida por «Prescritivismo universal», os Juízos morais têm um significado irredutivelmente prescritivo.
Segundo Hare, o reconhecimento de que os Juízos morais são prescrições universalizáveis leva-nos, no nível crítico do pensamento moral, a fazer os mesmo juízos que um utilitarista dos atos.
PETER SINGER
Peter Singer propôs uma maneira semelhante de defender o utilitarismo. Singer pretende mostrar que «Chegamos rapidamente a uma posição inicialmente utilitarista, a partir do momento em que aplicamos o aspecto universal da ética à tomada de decisões simples, pré-éticas». Começamos então, por imaginar que estamos num nível em que as considerações morais não afetam minimamente as nossas decisões - Numa espécie de estado pré-ético. Se tivermos de escolher entre duas opções possíveis, como tomaremos a decisão? Teremos sem dúvida, de determinar como cada uma das opções afetará os nossos próprios interesses, e escolheremos aquela que mais os satisfazer.
Suponhamos agora que começamos a pensar éticamente. Dado que os Juízos éticos devem ser formulados de uma perspectiva universal, reconhecemos, ao adaptar essa perspectiva, que os nossos interesses, pelo simples fato de serem nosso, não tem mais importancia do que os interesses alheios.
Nota-se que singer, contrariamente de Hare, não tem a pretensão de defender que o aspecto universal da ética impõe dedutivamente uma ética utilitarista.

JOHN HARSANYI
Uma terceira defesa interessante da ética utilitarista partiu de John