SEMIN RIO TEOL GICO BET NIA DE CURITIBA

SEMINÁRIO TEOLÓGICO BETÂNIA DE CURITIBA

DISSERTAÇÃO:
QUANTO TEMPO O TEMPO TEM?

Aluno: Valéria Yuri Oshiro
Professor: Rogerio Leoderio de Souza
Disciplina: Introdução à Filosofia

Curitiba – PR
Setembro / 2013
Quanto tempo o tempo tem?

Uma simples brincadeira de criança que tem por trás um questionamento deveras complexo. E, possivelmente, sem resposta.
Antes mesmo de saber quanto tempo o tempo tem, poderíamos nos questionar o que de fato é o tempo. Vai muito além dos simples segundos, minutos, estações ou outras formas de mensurá-lo.
Por convenção o tempo é medido cronologicamente, mas é realmente possível determina-lo ou mesmo mensurá-lo? Agostinho disse a respeito do tempo: “O que é, por conseguinte, o tempo? Se ninguém me perguntar, eu sei; se o quiser explicar a quem me fez a pergunta, já não sei.”
Alguém inserido na sociedade capitalista que vivemos poderia dizer que “tempo é dinheiro”. O que não se pode dizer que está errado, tendo em vista o ritmo frenético em que se encontram nossas vidas hoje e, tamanha correria, justamente para “fazer dinheiro” e poder satisfazer nossas necessidades e desejos.
No entanto, essa visão que temos a respeito do tempo é superficial e prática. Se pararmos para analisar, o tempo é totalmente subjetivo.
Uma hora de uma boa conversa parece muito mais rápida do que uma hora numa fila de espera do banco. Se o tempo transcorrido é o mesmo, por que nossa percepção é diferente?
Ou ainda, o tempo realmente passou? Ele é algo material ou metafísico para ter alguma ação?
O tempo é estático e inerte a tudo o que acontece. Seria mais uma criação nossa, para orientar nossas atividades, do que algo verdadeiramente real.
Quem passa pelo tempo somos nós, nossas ações. Os chamados presente, passado e futuro, por si só, não são nada. Se não houver uma ação, um fato, um agente modificador, não há por que e nem como dizer se algo é presente ou passado.
O que determina se algo é presente, passado ou futuro? As ações.
É presente