Semana de Arte Moderna
A Semana de Arte Moderna foi um marco na história cultural paulistana. Realizada na semana entre os dias 11 e 18 de fevereiro de 1922 no Teatro Municipal de São Paulo, o evento tinha como principal objetivo a renovação da arte, literatura, arquitetura, teatro e música brasileira.
Os antecedentes artísticos da Semana de Arte Moderna de 1922
Alguns eventos que direta ou indiretamente motivaram a realização da Semana de 1922, mudando as atitudes dos jovens artistas modernistas:
.-1912: Oswald de Andrade retorna da Europa, impregnado do Futurismo de Marinetti, e afirmando que “estamos atrasados cinquenta anos em cultura, chafurdados ainda em pleno Parnasianismo”.
-1913: Lasar Segall, pintor lituano, realiza “a primeira exposição de pintura não acadêmica em nosso país”, nas palavras de Mário de Andrade.
-1914: Primeira exposição de pintura de Anita Malfatti, que retorna da Europa trazendo influências pós-impressionistas.
•1915
Início do modernismo em Portugal com a publicação da revista Orpheu.
-1917: Mário de Andrade e Oswald de Andrade, os dois grandes líderes da primeira geração de nosso Modernismo, se tornam amigos. Publicação de “Há uma gota de sangue em cada poema;” livro de poemas de Mário de Andrade, que utilizou o pseudônimo Mário Sobral para assinar essa obra pacifista, protestando contra a Primeira Guerra Mundial. Publicação de “Moisés” e “Juca Mulato”, poemas regionalistas de Menotti Del Pichia, que conseguem sucesso junto ao público. Publicação de “A cinza das horas”, de Manuel Bandeira. O músico francês Darius Milhaud, que vive no Rio de Janeiro e entusiasma-se com maxixe, samba e os chorinhos de Ernesto Nazareth, se encontra com Villa-Lobos. O então jovem compositor, já impressionado com a descoberta de Stravinski, entra em contato com a moderna música francesa. Segunda exposição de Anita Malfatti, exibindo quadros expressionistas, criticados com dureza por Monteiro Lobato, no artigo “Paranoia ou