Sem Nome
TAP, Pierre, A Sociedade Pigmalião – Integração Social e Realização da Pessoa, Instituto Piaget, Lisboa;COSTA, Alfredo Bruto da, Exclusões sociais, Gradiva Publicações, Ltd.
EXCLUSÃO SOCIAL NO BRASIL
O estudo da Exclusão Social no Brasil é um tema que tem se destacado por sua importância social e econômica. Sua solução é um requisito essencial para que uma nação possa ter um desenvolvimento sustentável e um ambiente promissor e seguro para os investidores. Segundo Pochmann e Amorim (2007), a exclusão social é entendida como a impossibilidade de acesso a alguns direitos sociais básicos que, em decorrência, leva os grupos nessa situação à condição de “subcidadãos”, sem acesso às mínimas condições de sobrevivência para que tenham uma vida digna como qualquer cidadão.
No caso do Brasil, a exclusão social configura-se como marca inquestionável do desenvolvimento capitalista. A escravidão, predominante por mais de três séculos no país, apresenta-se como o regime de exclusão social por excelência, pois o acesso do negro aos direitos civis era precário, bem como sua presença no mercado de trabalho era caracterizada por ocupações inferiores, além da predominância de uma inatividade forçada e de acesso a empregos eventuais. Mesmo com a abolição da escravatura, em geral, não houve possibilidades de formas minimamente dignas de acesso à cidadania para essa parte expressiva da sociedade brasileira (Pochmann e Amorim, 2007).
Grande parte das dificuldades associadas aos indicadores sociais do Brasil ocorre paralelamente ao processo de urbanização, característica crescente do perfil da sociedade brasileira. Houve um aumento significativo dos níveis de pobreza absoluta da população brasileira e dos níveis de desigualdades e de exclusão social tanto nas áreas urbanas como nas áreas rurais do Brasil. (Lemos e Nunes, 2003).
Neste estudo, optou-se por descrever a exclusão social, em todas as regiões brasileiras, através dos índices criados para