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A comprovação de que há, de fato, determinadas divergências entre a expressão da base genética de um esquizofrênico e de uma pessoa saudável pode auxiliar no diagnóstico, no tratamento e mesmo no entendimento da esquizofrenia. A doença, que atinge cerca de 1% da população, tem origem complexa: pode ser ocasionada, por exemplo, por fatores genéticos combinados a fatores ambientais. “Existem várias hipóteses que explicam por que a esquizofrenia aparece. Existe a hipótese de que seria uma disfunção no sistema dopaminérgico, ou no neurodesenvolvimento, etc.”, afirma Heloísa. Só não se sabe exatamente, dentre tais possibilidades, qual a mais relevante ou a principal.
No trabalho Mapeamento da Expressão Gênica em Cérebros Post-Mortem de Pacientes Esquizofrênicos, optou-se, em linhas gerais, por analisar o que um paciente esquizofrênico tem – em relação aos genes – que uma pessoa normal não tem. Ou vice-versa.
Dificuldade
Para se estudar a esquizofrenia a fundo, é necessário que se estude o sistema nervoso central. Heloísa explica que há dificuldades quanto a isso: “A obtenção de amostras de tecidos cerebrais só é possível após a morte do indivíduo, de causas naturais. E também é preciso que se tenha consentimento por escrito da família e de um Comitê de Ética em Pesquisa – é muito burocrático, pouco comum. O fato de termos amostras em boa quantidade e condições é um dos pontos fortes de nossa pesquisa”. As