Segurança do trabalho
Aumenta acidente de trabalho com morte
Segundo levantamento da DRT, a situação é mais grave no setor madeireiro. Maioria das vítimas tem entre 18 e 35 anos.
De acordo com os dados da Delegacia Regional do Trabalho (DRT), o número de acidentes com morte no ambiente de trabalho está aumentando no Pará, especialmente no setor madeireiro. Em 2001, o número de mortes chegou a 98. Em 2002, houve uma pequena queda para 95, mas em 2003 este número saltou para 109. Quanto aos números de 2004, a chefe do Serviço de Segurança e Saúde do Trabalhador na DRT, Edna Rocha, disse que o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) deverá liberar os dados a partir de outubro deste ano.
Segundo Edna Rocha, a liberação dos dados ocorre um ano depois porque o INSS analisa e investiga a causa dos acidentes junto com a DRT, o que também inclui os óbitos no ambiente de trabalho. "Infelizmente, a situação no Pará é grave porque a cada 58 acidentes, um trabalhador morre. Em 2002, ocorria uma morte a cada 67 acidentes e em 2001 este número ficava em 52. Apesar da gravidade, é provável que este número sofra uma queda porque não estão sendo executadas grandes obras no Estado", disse Edna Rocha. Outro fator que poderá diminuir o número de acidentes de trabalho na indústria madeireira está relacionado ao complemento da cadeia produtiva, no qual os empresários estão exportando produtos mais elaborados.
A gravidade destacada por Edna Rocha nos acidentes de trabalho no Pará pode ser comprovada quando a média paraense é comparada com os números nacionais. Em 2001, por exemplo, a cada 124 acidentes um trabalhador morria. Em 2002, esta média subiu para 132 e, em 2003, subiu para 151. Edna Rocha acredita na diminuição do número de acidentes e também de óbitos devido à intensificação das relações da DRT com os sindicatos de trabalhadores e as entidades patronais. "Trata-se de um problema de todos e todos querem reverter estes