Segurança activa

Outro ponto complicado diz respeito à necessidade de instalar blocos autónomos com indicação "Saída de Emergência" em todos os compartimentos. Diz o proprietário que 95% do tempo em que está na oficina está sozinho, que conhece o estabelecimento de olhos fechados e que a porta de saída tem cerca de três metros de largura por quatro de altura, não entendendo a necessidade de implementar tal medida. Contudo, foi alertado para a necessidade de cumprir os requisitos legais a que o seu estabelecimento comercial está sujeito e que será sempre ele o responsável por dotá-lo de todos os mecanismos susceptíveis de assegurar a sua própria segurança e de eventuais clientes que em casos extremos se possam encontrar no interior da oficina. Foi-me dito que iria avaliar opções dentro do pretendido mas fiquei com a clara impressão de que tais medidas não se irão, pelo menos a curto prazo, tornar efectivas. Só o tempo o dirá!

Em jeito de balanço creio terem sido estes os pontos mais críticos e ao qual foi necessário emprestar uma maior dose de empenho. Todos os outros pontos que a Avaliação e Controlo de Riscos indicou merecerem intervenções acabaram por ser aceites com maior ou menor naturalidade.

Ainda assim durante a realização deste estágio deparei-me quase diariamente com situações em que a Movimentação Manual de Cargas não era efectuada correctamente, quer fosse a transportar ferramentas, caixas de peças recebidas, a depositar material no lixo, etc. Apesar do funcionário não referir sentir dores físicas e/ou musculares decorrentes do desempenho da sua actividade, considerei pertinente falar-lhe um pouco do que são Doenças Profissionais e do risco que comportamentos errados e repetidos podem trazer para a saúde e bem-estar do trabalhador. Foi então informado acerca dos 10 Princípios Básicos da Movimentação Manual de cargas e, a propósito desta matéria, compilei uma série de informação que lhe foi entregue, em formato impresso, para posterior análise e consulta tendo em