Segundo reinado
O Primeiro Reinado e o Governo Regencial foram repletos de rebeliões regionais por conta da repressão autoritária da Coroa e do conflito de interesses de algumas elites. Nesta época, criaram-se duas divisões ideológicas que teriam importante papel para a antecipação do Segundo Reinado: o Partido Liberal e o Partido Conservador.
Os liberais queriam maior participação política, enquanto os conservadores defendiam um governo centralizador para que não houvesse interferência nos interesses da classe dominante.
Com D. Pedro II no poder, as revoltas populares foram contidas graças à moderação política que garantia aos liberais uma força política mais influente e, ao mesmo tempo, não interferia nos interesses econômicos dos conservadores. Em 1847, foi instituído o Parlamentarismo, que dava poder ao primeiro-ministro, nomeado pelo imperador, de indicar as demais cadeiras dos ministérios.
Neste momento, o Brasil também passava por uma profícua transição econômica, pois o plantio de café estava se expandindo principalmente pelos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, o que estimulou a produção voltada para o comércio exterior. Esta crescente demanda trouxe força econômica (e consequentemente política) aos latifundiários e pequenos proprietários rurais.
Entretanto, o ‘boom’ do café era sustentado pela mão de obra escrava e o país se via em maus lençóis com a pressão dos ingleses para que a escravidão fosse abolida. Influenciado pelos latifundiários, D. Pedro II tentou contornar a situação exigindo o fim do tráfico negreiro. Para suprir a demanda, fez o possível para trazer imigrantes de outras nacionalidades com o objetivo de minimizar o serviço dos negros, mas a elite não queria abrir mão de um negócio