Segundo reinado
Com a antecipação da maioridade de D. Pedro II, em 1840, teve início o Segundo Reinado, época de apogeu da monarquia brasileira, representante legítima dos interesses das elite. Deu-se continuidade à centralização politica e administrativa, iniciada em 1837, e pacificou-se o país, com a repressão às revoltas herdadas do período anterior, bem como a novos movimentos que colocavam em risco a ordem monárquica.
Depois da superação de disputas e divergências, conservadores – burocratas, grandes comerciantes e fazendeiros ligados à lavoura de exportação – e liberais – profissionais liberais urbanos e agricultores encarregados do abastecimento do mercado interno – integraram o governo elitista de D. Pedro II, durante o período denominado conciliação, contribuindo para consolidar a ordem imperial oligárquica brasileira.
Economia e sociedade do Segundo Reinado
Foi predominantemente a presença hegemônica da produção escravista-exportadora, em especial açucareira e cafeeira, e de seus representantes na organização imperial, que acabou marcando a feição do país durante o Segundo Reinado, mantendo a ordem socioeconômica construída ao longo do processo de colonização.
Apesar da aparente continuidade entre o período colonial e o império, emergiram, porém, novas forças sociais, em especial as nascidas do surto industrial e do processo de urbanização, na segunda metade do século XIX. O cacau e a borracha, de alto valor comercial no mercado externo, ganharam destaque na produção agrícola brasileira e a mão-de-obra escrava foi sendo gradualmente substituída pela assalariada, constituída basicamente por imigrantes.
Ao mesmo tempo que se mantinha o caráter elitista da dominação política, a economia tornava-se mais racional e produtiva, avançando no sentido do desenvolvimento capitalista, modificando também os mecanismos de exclusão social. Tais transformações promoveram a definitiva transferência do eixo econômico do nordeste para o sudeste, como