Segundo reinado no brasil
Antes de começarmos a pensar esse longo período da história Brasileira, conhecido como Segundo Reinado (1840-1889), gostaríamos de fazer algumas reflexões sobre D. Pedro II.
Em geral quando pensamos na imagem de D. Pedro II nos lembramos sempre de um homem velho, barbudo, grisalho, figura corrente em muitos livros didáticos. Quando estudamos as suas atuações políticas, logo nos vem a cabeça a crise do Império e a noção de um político ultrapassado e conservador.
Essa visão nos parece um tanto quanto confusa. D. Pedro II assumiu o poder com quase 15 anos de idade e nele permaneceu por 49 anos. A imagem, portanto, que nos parece mais adequada é a de um governante Jovem.
Uma confusão parecida acontece quando se trata de analisar o poder desse imperador sobre o Estado. Muitos dizem Ter sido ele o mero espectador, enquanto a aristocracia brasileira comandava o cenário político.
Você não pode se esquecer, no entanto, de que a Constituição de 1824 garantia a ele o poder Moderador, um poder quase absoluto diante da nação. É importante frisar também que durante 49 anos ele foi o único monarca das América, e se tornou o governante que mais tempo esteve no poder no Brasil independente.
Falar de D. Pedro II como um governante sem poderes, acreditados, portanto, ser um equívoco.
Do Golpe da Maioridade ao Palarmentarismo às avessas
Os primeiros anos do Segundo Reinado ainda foram marcados pelos velhos conflitos políticos progressistas (agora chamados de liberais) e regressistas (denominados agora de conservadores).
O ministério liberal que assumiu o poder com golpe da maioridade teve vida curta. As denúncias de fraude nas eleições parlamentares de 1840 (que ficaram conhecidas como as "eleições do cacete") comprometeram o gabinete liberal. Diante dessa denúncia e de pressões dos conservadores, essas eleições foram anuladas e o gabinete liberal, destituído pelo imperador. D. Pedro II ainda com 15 anos mostrava uma nova face, a de detentor