Segredo de luisa
Num editorial que escreveu, afirmou que o excesso de informação apenas aumenta a poluição mental e a confusão. Disse: “A mente deve ser cultivada e irrigada - e não inundada.” Ele solicitou às pessoas que saíssem para fora das auto-estradas da informação e voltassem às estradas laterais e aos caminhos alternativos da vida.
Muitas vezes, na vida, a quantidade de informações cresce ao ponto de precisarmos de as engolir sem mastigar, sem as sentir com o coração, sem ter tempo de fazer uma reflexão a respeito ou de deixar ali uma pequena contribuição. Então, sem que nos percebamos podemos estar a intoxicar-nos com esse excesso, sobrecarregando os nossos dispositivos mentais e acomodando-nos a uma posição de meros consumidores de "fast-food mental".
A partir daí, mesmo o alimento mais sagrado acaba por ser engolido como se fosse uma mera sandes de café de esquina, e todos aqueles pequenos sinais que revelam a presença de Deus em todas as coisas, tornam-se invisíveis, pois estamos mentalmente enfraquecidos por essas toxinas. Não é à toa que a nossa famosa "era da informação" coincide com a era da poluição ou da contaminação.
O poder não está na informação e sim na Consciência, por isso é importante termos cuidado com as curiosidades intelectuais, com a ambição (gula) mental e com as pressões impostas pelo meio, procurando sempre cultivar o desapego pelo conhecimento, e principalmente a reverência por tudo, pois a vitamina de que estamos a necessitar pode estar, justamente, contida naquilo que consideramos mais insignificante.
Tentar mergulhar sempre no lado mais profundo que cada coisa tem, é muito recomendável, assim como aí passar o maior tempo possível submerso também. Aliás, a alimentação integral é isso mesmo, é quando aprendemos a