sedimentalogia
Antenor Zanardo & Guillermo Rafael Beltran Navarro
INTRODUÇÃO O metamorfismo é definido como o processo de modificações mineralógicas e estruturais de rochas, em estado sólido, em resposta a condições físicas e químicas que diferem das condições prevalecentes durante sua formação. Não se incluem na definição de metamorfismo os processos diagenéticos e intemperismo. O metamorfismo ocorre em profundidade, não sendo acessível à observação direta daí o desenvolvimento pleno desse estudo ocorreu apenas na segunda metade do século XX, sendo um dos ramos das ciências naturais dos mais novos. No início o estudo se limitava a deduções feitas a partir do mapeamento minucioso de algumas regiões, onde as rochas metamórficas afloravam de maneira mais evidente, com o passar do tempo ganharam importância os estudos termodinâmicos e experimentais realizados em laboratório através de autoclaves e sofisticada aparelhagem de análise. As primeiras observações são atribuídas a Giovanni Arduino, que em 1779, observou nos Alpes evidências de movimentação e transformação de calcário em mármores, chamando de “metamorfose”. Na mesma época, Hutton reconheceu que alguns mica xistos, na Escócia, representava folhelhos, em decorrência de aumento de pressão e temperatura. O termo metamorfismo é atribuído a Charles Lyell (1930). Como importantes marcos do desenvolvimento do estudo de metamorfismo destacam-se os estudos de Harry Rosenbusch, em 1877, que enfocou as rochas da auréola metamórfica ao redor de uma intrusão granítica e o de George Barrow, em 1893, que definiu a distribuição de minerais indicativos do aumento da intensidade do metamorfismo de folhelhos nas Terras Alta (Highlands) na Escócia, estabelecendo os princípios para a definição de minerais índices e zonas metamórficas. As idéias modernas sobre metamorfismo começaram com Viktor Goldschmidt, desenvolvida na primeira metade do século XX (1900-1910) na Noruega, em auréolas de