Secchi
Desde a década de 80 começaram a surgir várias mudanças referentes a
administração pública em todo o mundo. Essas mudanças aconteceram devido a
crise fiscal do Estado, aumento da competição territorial por investimentos e mão-
de-obra qualificada crise fiscal do Estado, disponibilidade de novos conhecimentos
organizacionais e tecnologia, ascensão de valores pluralistas e neoliberais e crescente
complexidade, dinâmica e diversidade social. Nessas reformas o modelo mais criticado
foi o modelo burocrático pois, para aquela época, era considerado moroso, ineficiente,
não atendia as necessidades do cidadão, entre outras coisas.
Para tanto, foram sugeridos modelos organizacionais que indicavam
que melhoraria a efetividade da administração pública. As alternativas foram a
administração pública gerencial, o governo empreendedor e a governança pública, além
do já instituído modelo burocrático Weberiano.
O modelo burocrático, que foi culminado por Weber, é baseado na
racionalidade-legal, no qual todo o poder emana das normas e não depende de um
profissional com carisma ou tradição. A partir desse ditame, o modelo burocrático
é exposto com três características essenciais: formalidade, impessoalidade e
profissionalismo. O aspecto principal desse modelo é a separação do planejamento e
da execução, pois no modelo burocrático há a divisão racional das tarefas, no qual o
enfoque principal é a eficiência organizacional, baseada sempre na eficiência econômica
e no princípio da equidade.
O gerencialismo é um modelo organizacional que apresenta os atributos
dos modelos da administração pública gerencial e o governo empreendedor. Suas
características são: a descentralização, valores da produtividade, orientação ao
serviço, accountability, entre outras. Os principais valores são baseados na eficiência,
eficácia e competitividade. Nesse caso existem algumas normas para se operar o