Sebenta Neuroquimica

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Neuroquímica

A COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO SNC

A diferente composição química entre as substâncias cinzenta e branca relaciona-se com a diversa estrutura (heterogeneidade) celular e distintas implicações funcionais.
A composição fosfolipídica do SNC: a diferente composição entre a substância cinzenta, onde predominam astrócitos e conexões sinápticas, e a mielina, associa-se a distintas implicações funcionais destes compostos.
Principais AG dos principais fosfolípidos no SNC: são completas com capítulos sobre esfingolípidos e sobre a mielina. A diferente composição em AG entre os sinaptosomas e a mielina associa-se às distintas implicações funcionais destas estruturas.

I - Ácido Docohexanóico e SNC A elevada concentração de 22:6 n-3 no SNC relaciona-se com a sua importância para o desenvolvimento e funções cerebrais e da retina ( representa 30/50 % do total dos AG no cérebro).
O seu turn-over pode ser aí muito rápido, libertando-se (como o ac. Araquidónico) por acção das fosfolipases A2 ou C, por transdução de sinal metabotrópica (proteínas G). Os astrócitos poderão também fornecer 22:6 n-3 aos neurónios. Acumula-se em particular no período peri-natal, em relação com a sinaptogénese. Estará ainda implicado na regulação da fluidez membranária, regeneração e transcrição genética.
O cérebro pode sintetizar 22:6 n-3 a partir do 18:3 n-3 mas este poderá ser insuficiente para os níveis necessários no recém-nascido, obtidos com o leite materno, suportando os benefícios do seu suplemento nas fórmulas sintéticas.
Na verdade, o aporte dietético de AGPI (incluindo de 22:6 n-3 e 20:4 n-6) é susceptível de regular as suas concentrações cerebrais – por alteração das suas concentrações não-esterificadas no plasma.
Deficiências em 22:6 n-3 ou desequilíbrio entre as séries n-6 e n-3 de AGPI têm sido associadas a défice cognitivo e da aprendizagem, défice visual e diversas patologias, incluindo alcoolismo crónico, doenças peroxissomais, doença de

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