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1303 palavras
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[ Danyella ] Rosana: Ah, menina, como estou nervosa! Será que ele vem mesmo ?[ L eiany ] Isabel: Chegamos muito cedo, Rosana. É claro que ele vem.
[ Eldes ] Narrador ¹ : Na frente do cinema, Isabel sorria, tentando acalmar a ansiedade da amiga.
[ Leiany ] Isabel: Ainda faltam dez minutos...
[ Danyella ] Rosana: Meu cabelo está bom? Você acha que esta blusa combina?
[ Leiany ] Isabel: Você está linda, Rosana. Agora pare de bancar a criancinha.
[ Danyella ] Rosana: Ah, Isabel, você devia ter visto a cara do Cristiano quando leu o poema...
[ Leiany ] Isabel: É? Ele disse alguma coisa?
[ Danyella ] Rosana: Não. Não disse uma palavra. Sorriu, e foi como...Como se o sorriso improvisasse uma resposta de amor...Hum? Acho que foi isso mesmo. Ele é inteligente até calado
[ Eldes ] Narrador ¹ : No meio das pessoas que subiam pela escada rolante do shopping, Isabel reconheceu alguém.
[ Leiany ] Isabel: Tchau, Rosana, aí vem Cristiano. Se você ficar nervosa, sem saber o que dizer, entregue esta carta para ele.
[ Rosana ] Rosana: Outra carta? Mas a letra não é...
[ Leiany ] Isabel: Não se preocupe. Eu sei imitar a sua letra.
[ Danyella ] Rosana: Ah, Isabel, você é demais! Nem sei como agra...
[ Leiany ] Isabel: Então não agradeça. Tchau, Rosana.
***
[ Eldes ] Narrador ¹ : Nem olhou para trás. Não aguentaria testemunhar o encontro. Beijinhos, palavras vazias, sorrizinhos, mãos dadas... Quando entrou na livraria, porém, tinha um ar despreocupado, como se no cinema, quase vizinho, não tivesse deixado um pedaço de si mesma. Isabel procurou as estantes do fundo, onde sempre tem menos gente e menos luz. Ao acaso, uma edição luxuosa: Fernando Pessoa. Bateu os olhos e incluiu a si mesma no poema Autopsicografia:
[ Stefany ] : A Isabel é fingidora, Finge tão completamente Que chega a fingir que é amor O amor que deveras