Saúde no Brasil
Segundo o estudo "Demografia Médica no Brasil-Vol 1", realizado em 2011 pelo CFM e pelo CREMESP, não faltam médicos de forma generalizada no Brasil, porém a concentração é desigual, determinada pelo mercado, pela concentração de renda, pelas disparidades regionais e pela distribuição das especialidades médicas. 7 pág.10
A expansão do Sistema Único de Saúde (SUS) e a ampliação do segmento regulamentado de planos e seguros de saúde privados intensificaram mecanismos de intervenção do Estado e do mercado sobre a profissão médica. 7 pág.11
No mesmo estudo "Demografia Médica no Brasil-Vol 2", o CFM e o CREMESP concluem que "há uma má gestão federal, na medida em que anuncia uma meta nacional de 2,5 médicos por mil habitantes mas não diz como irá diminuir as desigualdades de concentração de médicos entre regiões e municípios, entre serviços e entre os setores público e privado da saúde".
Em 1970 existiam no Brasil cerca de 60 mil médicos para uma população de 94,5 milhões de habitantes (um médico por cerca de 1,57 mil habitantes). Em 2010, eram cerca de 365 mil médicos para uma população de 190,8 milhões de habitantes (um médico por cerca de 540 habitantes). Em 2012, esta relação estava próxima de 2 médicos por mil habitantes (ou um médico por 500 habitantes).
A nível regional, as disparidades ficam evidentes.7 pág.29 (Dados de 2011):
Brasil: 1,95 médicos por mil habitantes (um médico por 510 habitantes).
Região Sudeste: 2,61 médicos por mil habitantes (um médico por 380 habitantes).
Região Sul: 2,03 médicos por mil habitantes (um médico por 490 habitantes).
Região Centro-Oeste: 1,99 médicos por mil habitantes (um médico por 500 habitantes).
Região Nordeste: 1,19 médicos por mil habitantes (um médico por 840 habitantes).
Região Norte: 0,98 médicos por mil habitantes (um médico por 1,02 mil habitantes).
A conclusão é que, como já descrito anteriormente, existe uma má distribuição